Rotunditermes bragantinus

Cupim da Semana!

Família: Termitidae

Subfamília: Nasutitermitinae


O cupim da semana traz para vocês a espécie Rotunditermes bragantinus, que recebe seu segundo nome (epíteto específico) por ter sido encontrada inicialmente na microrregião bragantina, no nordeste Paraense. Mas R. bragantinus está distribuída em praticamente toda a região Amazônica, incluindo outros estados do Brasil, e também Equador e Peru. Eles se alimentam predominantemente de madeira, assim como a única outra espécie conhecida do gênero, Rotunditermes rotundiceps.

Essa espécie constrói ninhos epígeos, isto é, ninhos que ficam acima do solo (mas podem ter uma parte subterrânea). Além de epígeos, os ninhos deles são cartonados, pois são construídos com um material relativamente frágil, parecendo papelão, mas mais quebradiço. Ninhos cartonados são feitos principalmente de material fecal e vegetal,  diferente dos ninhos de barro, que utilizam bastante solo, além das fezes.

O ninho dos R. bragantinus pode ser dividido em três regiões. A primeira, é a camada externa, mais frágil, consiste em material finamente dividido com muito espaço entre eles, a estrutura dessa parte do ninho é fraca e facilmente pode ser danificada.

A segunda camada, densamente enraizada com essas estruturas parcialmente escondidas dentro das paredes, acrescenta mais resistência e proteção ao ninho. Finalmente, no núcleo central, as raízes estão completamente escondidas dentro das paredes acrescentando firmeza e suporte para seus moradores.

O aumento do tamanho máximo das raízes em direção ao centro do ninho indicou que o centro é mais velho que o exterior, então pode-se esperar que o crescimento do ninho segue com o acúmulo de material de dentro para fora.


Texto por: Anna Beatriz dos Santos Bovo Nunes 


Referências:

BANDEIRA, A. G.; MACAMBIRA, M. L. J. Térmitas de Carajás, Estado do Pará, Brasil: Composição Faunística, Distribuição e Hábito Alimentar. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Zoologia, v.4, n.2, p. 175-190, 1988.

CONSTANTINO, R. Termites (Isoptera) from the lower Japurá River, Amazonas State, Brazil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Zoologia, v. 7(2), 1991.

CONSTANTINO, R.; CANCELLO, E. M. Updates and Correction to Mathews’s “termites From Mato Grosso” (Isoptera). Sociobiology, v. 33, n.2, 1999.

FONTES, L. R.; FILHO, E. B. (Ed.). Cupins. O desafio do conhecimento. Piracicaba: FEALQ, 1998.

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