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Um site de divulgação científica com cupins!!


Os cupins compreendem mais de 3000 espécies descritas em todo o mundo. Todas as espécies são eussociais, isto é, possuem divisão do trabalho reprodutivo, sobreposição de gerações e cuidado cooperativo da prole. Em termos gerais, pode-se dizer que uma colônia de cupins é constituída por um par real (rei e rainha, que são os reprodutores), os operários e soldados (normalmente estéreis) e os imaturos.

Uma colônia madura produz alados que serão os futuros reis e rainhas, fundadores de novas colônias depois das revoadas. É durante a revoada que os pares se formam, no vôo ou no solo. O casal começa então a procurar um local favorável (que depende da espécie em questão), para iniciar uma nova colônia. Uma vez estabelecidos neste local, ocorre a primeira cópula. O par real, depois de fundar a colônia, permanece junto, ocorrendo várias cópulas durante a vida.

As formas dos ninhos (cupinzeiros ou termiteiros) são bastante diversificadas e vão desde galerias difusas na madeira ou solo, até complexos e grandes ninhos tanto epígios como subterrâneos. Os ninhos as galerias, internamente, são feitas de fezes ou madeira sedimentada com saliva, ou combinação de ambos. Os ninhos são muitas vezes ocupados por muitos outros animais, incluindo outros cupins. Os verdadeiros termitófilos são animais que vivem juntamente com os cupins, dentro das galerias, como vários besouros da família Staphilinidae. Termitariófilos são animais que usam o cupinzeiro, mas não interagem com os cupins, estão entre eles aranhas, lagartos, ratos, besouros, pássaros, etc. O termo inquilino é utilizado para outros cupins que utilizam os cupinzeiros construídos por outras espécies.

Os cupins são geralmente conhecidos pelo seu potencial como pragas, mas apenas cerca de 12% das espécies conhecidas de cupins estão registradas como tal, e menos de 3% causam sérios prejuízos para os seres humanos. Os principais danos causados pelos cupins são consequência da sua capacidade de digerir celulose: são os principais agentes biológicos de degradação de madeira. Além disso, várias espécies de cupins são pragas agrícolas nos trópicos, alimentando-se de várias partes de plantas cultivadas, incluindo cana-de-açúcar, eucalipto, arroz-de-sequeiro, amendoim, frutíferas e outras.

Entretanto, a importância dos cupins vai muito além do potencial que esses insetos possuem como pragas. A maioria das espécies de cupins alimenta-se de materiais celulósicos (madeira, folhas etc.) ou matéria orgânica do solo (húmus) e desempenham importantes papéis ecológicos no processo de ciclagem de nutrientes, formação e aeração do solo, sendo considerados engenheiros de ecossistema. Estes insetos estão entre os mais abundantes invertebrados de solo de ecossistemas tropicais. Esta grande abundância dos cupins nos ecossistemas, aliada à existência de diferentes simbiontes, confere a estes insetos a possibilidade de desempenhar papéis como o de “super decompositores” e auxiliares no balanço Carbono-Nitrogênio.


A grande maioria das espécies de cupins não é praga sob nenhuma circunstância, pelo contrário, desempenha atividades extremamente benéficas.

A conservação de populações de cupins está claramente ligada à fertilidade do solo e a uma agricultura sustentável de subsistência, principalmente em locais em que mudanças no uso do solo são crescentes, e em ambientes naturais cada vez mais perturbados e reduzidos.
(Bignell, 2006)

São enormes as evidências de que as baratas do gênero Cryptocercus são os ancestrais dos cupins, ou são os parentes mais próximos desses ancestrais (que hoje são extintos)
(Cleveland et al., 1934)